Fique Ligado – N. 162

UM DEUS QUE É A ORIGEM DE TUDO QUANTO DE BOM TEMOS

GL. 4: 4-7
TEXTO: MARCOS 9:1-29.

I- INTRODUÇÃO.
A passagem que acabamos de ler nos fala do amor de dois pais. Não creio que foram agrupadas por acaso. A pergunta que precisamos responder é a seguinte: o que Deus quer nos ensinar com isto? Creio que ambos os amores são a chave para o entendimento do que de mais importante há acerca da vida. O que passo a entender quando tomo estes dois amores juntos?

II- AMOR DE DEUS: A CHAVE PARA O ENTENDIMENTO DA VIDA.

1- ENTENDEMOS QUE O AMOR DO HOMEM TEM UMA FONTE.
Irmãos, de fato para nos conhecermos, precisamos conhecer a Deus, mas não há na criação nada que revele tantas características do ser de Deus como o homem. Precisamos perguntar para nós mesmos: por que somos o que somos? Por que agimos do modo como agimos?
Vejam a história deste pai. Que quadro comovente! Com temor digo que o mais lindo nesta história, num certo sentido, é o amor deste pai. Sua lágrimas, sua perseverança, sua compaixão.
Sabe por que aquele pai sentiu tudo o que sentiu? Vou lhe responder: Porque ele foi criado a imagem e semelhança de Deus. Ofereça outra explicação. O seu amor aponta para a existência de um Deus pessoal. Contudo, não aponta apenas para a existência de um Deus pessoal. Aponta para a existência de um Deus que ama. Um Deus que impregnou sua mais bela obra, do Seu amor.
Mas, não se esqueça que estamos vendo o amor de um ser caído, portanto, um ser que oferece uma imagem bastante pálida daquilo que é esse amor.

2- ENTENDEMOS A INTENSIDADE DO AMOR DE DEUS POR JESUS.
“Este é o meu Filho amado”.
Confesso que isto me faz chorar. Quem estamos vendo aqui fazendo esta declaração de amor? Por toda a eternidade Ele tem dito isto para o Seu único Filho, mas aqui mais uma vez O encontramos fazendo uma declaração de amor para Jesus. Isto é extraordinário! Simplesmente este é o Deus que temos, de quem dependemos, em cujas mãos estamos, nosso Criador e razão da nossa existência.
Oh, como precisamos meditar mais sobre a Trindade santa!

3- A INTENSIDADE DO AMOR DE DEUS POR JESUS NOS FAZ TER UMA IDÉIA DA INTENSIDADE DO SEU AMOR POR NÓS.
“ Então Ele lhes disse: Elias, vindo primeiro, restaura todas as coisas; como, pois, está escrito sobre o Filho do Homem que sofresse muito e fosse aviltado”.
Por que estava escrito? Jesus está falando aqui sobre uma das doutrinas mais queridas das Sagradas Escrituras: O Pacto da Redenção.
Estava escrito por causa do pacto feito entre o Deus Pai e o Deus Filho. Isto fica claro nas escrituras.
Há passagens nas Escrituras que mostram que o plano divino de salvação dos pecadores é eterno “ assim como nos escolheu Nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade…” ( Ef 1 4-5 ).
Há passagens que indicam que este plano é da natureza de uma aliança. Cristo fala das promessas a Ele feitas antes do Seu advento, e repetidamente se refere a uma comissão ou delegação de poderes que recebeu do Pai:
“ Porque eu desci do céu não para fazer minha própria vontade; e, sim, a vontade daquele que em enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia”. ( Jo 6: 38-39 ). Ver ainda
Jo 17: 4-12,24.
Ele é o fiador da aliança ( Hb 7:22 ). Penhor ou fiador é aquele que se faz responsável pelo cumprimento das obrigações legais de outrem. Na aliança da redenção Cristo se encarregou de expiar os pecados do Seu povo, sofrendo pessoalmente a punição necessária, e de satisfazer as exigências da lei pelo mesmo povo. E, ao tomar o lugar do homem delinqüente, Ele se fez o último Adão e, como tal, é o chefe da aliança, o representante de todos quantos o Pai lhe deu.
Para que o plano fosse realizado Jesus tinha que cumprir as seguintes exigências:
1- Assumir a natureza humana nascendo de uma mulher - ( Gl 4: 4-5 )
2- Colocar-se debaixo da lei. Isto com o propósito de cumpri-la e pagar o preço do pecado dos seus, a fim de merecer a vida eterna para eles - ( Jo 8: 28,29 ; Gl 4: 4,5 ; Fp 2: 6-8 ).
3- Aplicar nos seus os frutos do Seu mérito: o perdão completo e a renovação das suas vidas pela poderosa operação do Espírito Santo. Fazendo isto, Ele tornaria absolutamente certo e seguro que os crentes consagrariam suas vidas a Deus - ( Jo 10: 16 ; 16:14, 15 ; 17: 12,19-22 ; Hb 2: 10-13; 7: 25 ).
As promessas do Pai incluíam:
1- Que Ele prepararia um corpo para o Filho, corpo que seria um tabernáculo próprio para Ele; um corpo em parte preparado pela ação imediata de Deus e não contaminado pelo pecado - ( Lc 1:35 ; Hb 10: 5 ).
2- Que Ele O dotaria dos necessários dons e graças para a realização da Sua tarefa, e particularmente O ungiria para os ofícios messiânicos, dando-Lhe o Espírito sem medida - ( Is 42: 1,2 ; 61: 1 ; Jo 3:31 ).
3- Que Ele O apoiaria na realização da Sua obra, livra-lo ia do poder da morte habilitando-o, assim, a destruir os domínios de Satanás e a estabelecer o Reino de Deus - ( Is 42: 1-7 ; 49:8 ; At 2: 25-28 ).
4- Que Ele O capacitaria, como recompensa por sua obra consumada, a enviar o Espírito Santo para a formação do Seu corpo espiritual, e para instrução, direção e proteção da igreja - ( Jo 14: 16 ; 15: 26 ; 16: 13,14 ; At 2: 33 ).
5- Que lhe daria numerosa semente em recompensa por Sua obra consumada, uma tão numerosa semente que seria incontável multidão, de modo que, finalmente, o Reino do Messias abarcaria I povo de todas as nações e línguas - ( Sl 22: 27 ; 72: 17 ). 6- Que Ele o comissionaria, delegando-Lhe todo o poder, no céu e na terra, para o governo do mundo e de Sua igreja, Mt 28:18; Ef 1:20-22; Fp 2:9-11; e finalmente O recompensaria, como mediador, com a glória que, como Filho de Deus, tinha com o Pai antes de existir o mundo - ( Jo 17: 5 ).
Que plano magnífico! Por que Ele o fez? Porque é um Deus de amor.

III- CONCLUSÃO.
Portanto, o amor de Deus é a chave para a compreensão do drama cósmico que envolve todos os seres racionais do universo, inclusive, Deus.
Por Ele ser que Ele é as coisas são do jeito que são. Amamos porque Ele é amor. Fomos redimidos porque Ele é amor. Não há acaso, nem soberania despótica. Na verdade tudo foi feito por meio Dele e para a glória do Seu nome ( Ef 2:4-10 ).

Antonio C. Costa