EVANGELHO DE MARCOS 2: 13-17
V. 13. Jesus atraía as multidões. Há algo nele que faz os homens se aproximarem do seu ser e mensagem. Nem todos os que o buscavam o faziam a partir da mais profunda percepção da sua excelência e do que ele -e somente ele- pode fazer pelo homem. Mas havia os que eram movidos tanto pelo encanto exercido pelo seu ser quanto pela esperança que sua companhia causava no espírito humano.
Não sei como não o procuramos, oferecendo ele o que não podemos encontrar em nenhum outro lugar, e que carecemos desesperadamente. Sentido para viver, perdão, resposta para o problema da morte. Conhecer um Deus que nos inspire ao amor e adoração, e não uma divindade que inviabiliza a vida e pede do homem tolices. Só em Cristo o homem olha para o céu como lugar de aconchego na presença de um ser todo-poderoso e dulcíssimo.
O Senhor Jesus ensinava às multidões. Pessoas o procuravam, e o que ele de especial fazia por elas era dar-lhes entendimento. Ele falava sobre o reino de Deus, o caminho para a aquisição da cidadania celeste e como deveria ser a vida de quem se tornasse cidadão do reino dos céus.
Procure saber o que você está procurando em Jesus. Busque nele o que ele pode de melhor lhe oferecer: luz, verdade, direção! Ame os evangelhos. Leias as Escrituras. Deixe a Bíblia organizar e estruturar sua vida mental.
V.14. Mateus foi visto por Cristo. Primeiro ele foi objeto do olhar que nele se fixou em amor. Toda conversão é antecedida por esse olhar de Cristo. Jesus o viu sentado na coletoria. Ele também viu a você e a mim quando estávamos no pecado, vivendo sem direção e paz. Quanto amor!
Cristo, o salvador, o chamou. Esse chamado foi irresistível, como o é na vida de todo aquele que foi visto com o olhar eletivo de Deus. Que dignidade à vida humana esse chamado confere. Ser objeto desse interesse divino, de um Deus que se dirige a nós para que desfrutemos da sua companhia. Segui-lo para lhe oferecer o que? Que podemos dar a ele que ele já não o tenha? Mas no seu amor gracioso ele deseja a nossa companhia.
Segue-me. É ordem e convite gentil. Esse chamado define o significado do cristianismo para quem tenciona vivê-lo. Ser cristão é seguir o Jesus verdadeiro. Andar por onde ele for. Ser conduzido por ele para onde o seu amor o encaminhar. É estar com ele na presença do Pai em adoração no monte da transfiguração. É descer ao vale onde a vida terá que correr perigo e encontram-se pessoas carentes de libertação. O que não pode significar é: “segue-me para dentro da estufa do templo para ali e somente ali me servir”.
Mateus se levantou imediatamente. Como rejeitar a um convite como esse? Como adiar o encontro?
V.15. É impossível para mim ler esse verso e não me lembrar do reverendo Antonio Elias: “Ele estava no meio dos pecadores não para aumentar o seu número, mas para diminuí-lo”. Havia algo na mensagem de Cristo que atraía os pecadores. Gente cuja falência moral era bastante nítida. Esses percebiam sua necessidade de cura e encontravam nas palavras de Cristo o que podia lhes dar esperança. Aqui nos encontramos diante de um dos temas mais belos da Bíblia, o amor de Cristo pelos pecadores. É experiência triste o cristão se afastar tanto do mundo a ponto de não poder ser mais luz nas trevas e oportunidade de redenção para quem está morto nos seus pecados.
V.16. “Os escribas do partido dos fariseus”. Que perigo é a religião, em especial, quando ela nos faz andar apenas com as mesmas pessoas, levando-nos a desenvolver a mentalidade de partido. Um alimenta a doença do outro, e ninguém percebe. Todos encontram-se contaminados pelas mesmas enfermidades.
Por que ele come e bebe com pecadores? O Senhor Jesus era visto como descumpridor do salmo 1. Essa independência de Cristo em relação às tradições religiosas e ao próprio Antigo Testamento é um dos encantos que sua vida exerce sobre quem dele se aproxima.
A resposta para a pergunta era uma só: ele amava aquelas pessoas. Que não pensemos que hoje estamos livres desse mal; sempre haverá aqueles cujos pecados nos causam mais indignação e que queremos longe da companhia da igreja. Nas horas em que a igreja está mais preocupada com respeitabilidade do que com o exercício da misericórdia, deixa de amar como Cristo amou.
V.17. Esse verso é uma das sínteses mais belas da essência do cristianismo. O evangelho trata-se do chamado para as pessoas serem curadas da doença que as impede de amar a Deus e ao próximo. Ele parte do pressuposto que todos estão acometidos por essa enfermidade, cuja cura só pode ser feita pelo próprio Cristo. Ninguém. Nada. Instituição, homem, filosofia, religião pode curar o homem do mal chamado pecado. Acesso a boa educação pode ser útil para o exercício da cidadania, mas amar a Deus e ao próximo, só através da cura que Cristo oferece.
Ele chama pecadores. Chama gente com os problemas morais que você e eu enfrentamos, seja em que ponto de nossa vida nos encontrarmos. Dentro ou fora da igreja. Salvo ou perdido. Não importa, ele está sempre chamando pecadores para o arrependimento. Sempre há a esperança de o homem superar a si mesmo na companhia de Cristo.
A salvação, contudo, só é buscada por quem se considera doente. O cristianismo só funciona no desespero. Em algum nível, o homem tem que sentir que precisa de algo de fundamental valor para sua vida e que só Cristo pode oferecer.
Naquela casa, portanto, onde Jesus ensinava, havia gente perdida dentro e fora da religião. Os religiosos não percebiam isso. Cheios de justiça própria se afastavam dos homens e de Deus. Feliz o infeliz.
Antonio C. CostaAniversariantes
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